Coletivo “Mulheres que leem mulheres” se reúne mensalmente no MIS para ler autoras feministas
Quem passa em frente às janelas do Museu da Imagem e do Som, no final da tarde do último sábado de cada mês, pode se surpreender com um grupo de mulheres sentadas em roda, com livros à mão. Essa pessoa certamente verá que elas conversam, riem, se que – ao mesmo tempo – debatem alguma autora feminista.
Assim é o Clube de Leitura Mulheres que Leem Mulheres (MQLM), um coletivo que surgiu em 2017 e já leu quase 30 obras produzidas por autoras brasileiras ou estrangeiras como Virginia Woolf, Patricia Hill Collins, Angela Davis, Judith Butler, Sueli Carneiro e Djamila Ribeiro.
Os encontros acontecem no último sábado do mês, às 15h, no MIS. Pelo menos três semanas antes, as mulheres do clube recebem por WhatsApp o título que será discutido no encontro. Além da leitura, alguns debates são incrementados com exibição de filmes e participações especiais, como das escritoras Amara Moira e Stephanie Ribeiro, que estiveram presentes em 2019.
O projeto surgiu de um desejo coletivo de ler, debater e aprofundar a compreensão sobre a literatura feminista. O objetivo é mergulhar na produção de autoras que, de diferentes perspectivas, pensaram os desafios históricos, políticos, socioculturais, raciais e de classe, de ser mulher e de tomar parte na sociedade.
O clube de leitura se destaca pelas mulheres diversas em suas ocupações, idades, bagagens pessoais, formações, orientações sexuais, identidades raciais e de gênero.
Em 2019, o MQLM foi além das atividades literárias e organizou a exposição fotográfica “Mulheres Penetrando suas Histórias”, que foi montada na Unicamp, em março, e no Centro de Integração da Cidadania no bairro Vida Nova em agosto. Algumas integrantes do clube de leitura posaram com frases de autoras brasileiras escritas em seus corpos.
Para marcar o início das atividades de 2020, a presença de Milly Lacombe, autora do livro “O ano em que morri em Nova York”, já está confirmada. O encontro será no dia 29 de fevereiro, às 15h, no MIS.
A obra trata de percorrer os caminhos do que se desfaz quando uma história de amor acaba. A autora relata, com lágrimas e boas doses de humor, o término de seu casamento de dez anos com Tereza, rompendo não só com o seu projeto de vida em casal e com a cidade de Nova York, mas também consigo mesma. E perder-se de si, na leitura de Milly Lacombe, parece um convite para um novo encontro.
Contatos:
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